Grande nome do design moderno, embora tenha sido pouco reconhecida durante a maior parte de sua carreira, é agora lembrada como uma das mais influentes designers e arquitetas do início do século 20.
Nascida em 1898 em uma família aristocrática Irlandesa, Eileen Gray foi para Londres e Paris para estuar arquitetura e design. Ela dominou a arte de trabalhar com a laca em sua formação em Londres e teve aperfeiçoamento com seu mestre Seizo Sugawara. Já em 1917 trabalhava com o design moderno e tinha uma aproximação com o movimento de Stijl, projetando tapetes, lâmpadas e móveis, com destaque em diversas publicações da época, muitas críticas dos designers franceses da época e admiração de Le Corbusier e Jean Badovici (seu companheiro e parceiro em alguns projetos).
Sua arquitetura sempre foi referência para os modernistas, com um pensamento completo da arquitetura, incluindo a criação de móveis que até hoje são ícones do design, como a Poltrona Bibendum (1926), a mesa auxiliar E1027 (1927) e sofá Montecarlo (1928), que foram relançados depois de um hiato de mais de 50 anos e hoje tem a licença mundial em nome de Aram Designs, e comercializadas pela marca ClassiCon. Inclusive, foi a 1ª designer a trabalhar com o aço tubular no mobiliário, no mesmo ano que Mies Van der Rohe e Marcel Breuer e muito antes de Le Corbusier.
Seu reconhecimento tardio lhe rendeu exposições dos seus trabalhos em Museus em Londres e no Centro Pompidou, um filme (The Price of Desire), documentário (Gray matters) e exposição permanente no Museu nacional da Irlanda, além de condecoração Royal Society of Arts e Royal Institute of Irish Architects.